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Remédios para produtividade: Mito ou Realidade?

  • Foto do escritor: Rafael Promenzio
    Rafael Promenzio
  • 16 de jan.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de jan.


Marina encarava a tela do computador, os olhos ardendo de cansaço. A pilha de textos da faculdade só aumentava, e ela já não sabia como dar conta de tudo. Foi quando uma amiga comentou sobre um remédio que deixava qualquer um "ligado" por horas. Sem hesitar, tomou. Minutos depois, sentia a mente acelerada, cheia de energia. Digitou freneticamente, devorou páginas inteiras. Mas, no dia seguinte, tudo parecia um borrão, como se o cansaço tivesse se fantasiado de produtividade.


Assim como Marina, muitos jovens buscam atalhos para aumentar a produtividade e o foco. Medicamentos como Ritalina e Modafinila, inicialmente desenvolvidos para tratar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), tornaram-se populares entre estudantes e profissionais que desejam potencializar suas capacidades cognitivas. Mas será que essas substâncias realmente funcionam? E quais são os riscos envolvidos?


Foi exatamente essa a questão que um estudo recente, publicado na Science¹ (uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo), tentou responder: Medicamentos como a Ritalina e o Stavigile realmente melhoram nosso desempenho cognitivo, ajudando a lidar com a sobrecarga mental que enfrentamos no dia a dia? O estudo investigou o impacto dessas medicações sobre nossa capacidade de foco em realizar tarefas, e os resultados podem não ser o que você esperava.



No experimento, os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos: um grupo recebeu um medicamento (como ritalina) para melhorar o foco, enquanto o outro grupo não recebeu nenhuma medicação, servindo como um grupo controle.


O experimento foi simples: os participantes precisavam realizar uma tarefa de resolução de problemas enquanto lidavam com uma “sobrecarga mental”, representada por uma lista de itens para decorar e lembrar. No grupo sem medicação, a sobrecarga mental teve um impacto imediato, dificultando o desempenho e reduzindo a capacidade de manter o foco. Já o grupo medicado com ritalina (e semelhantes) teve a impressão de estar se saindo melhor, parecendo mais focado na tarefa principal. No entanto, os resultados mostraram que esse grupo teve um desempenho pior do que o grupo sem medicação.



Em outras palavras, embora os participantes que tomaram a medicação achassem que estavam super focados e produtivos, na verdade, eles estavam se saindo pior do que aqueles que, apesar da sobrecarga mental, estavam mais conscientes de suas próprias limitações.

Além disso, estudos populacionais² indicam que o uso prolongado de metilfenidato pode estar relacionado a um aumento no risco de eventos cardiovasculares, como arritmias e AVCs. Embora esses dados não provem causalidade, eles levantam um alerta importante. Se já não há benefícios concretos para quem não tem TDAH, somar riscos à equação apenas reforça a necessidade de um uso responsável e supervisionado.







 
 
 

4 commenti

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Lilian Promenzio
18 gen
Valutazione 5 stelle su 5.

Parabéns pelo texto! Tema importante com um texto de fácil leitura :)

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helena
18 gen
Valutazione 5 stelle su 5.

tema importantíssimo e excelente análise, muito bom!!

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Vitor Takaki
18 gen
Valutazione 5 stelle su 5.

Tema extremamente importante hoje em dia. Muito bom. Ainda com fontes no final, que é difícil hoje em dia.

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Fernanda Coimbra
17 gen
Valutazione 5 stelle su 5.

Tema importante, texto objetivo e linguagem fluida. Gostei muito!

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